sexta-feira, 12 de agosto de 2011

COMO EXPLICAR A ORIGEM DO ESPÍRITO?


Antes de ir direto ao assunto, alguns conceitos:

Elementos Gerais do Universo: Deus, Espírito e Matéria.
Deus: Inteligência Suprema.
Princípio Vital: elemento oriundo do Fluido Cósmico Universal que, associado a uma estrutura orgânica em conjunto com o “Espírito”, aqui como elemento geral, fomenta a vida.
Mônoda ou Princípio Espiritual: elemento primitivo oriundo do “Espírito”. Atenção, neste caso, trata-se “Espírito” na acepção do elemento universal que participa da “tríade” Deus, Espírito e Matéria.
Princípio Inteligente: individualização do elemento primitivo “Espírito”, mas sem consciência do “eu”. Isso implica não possuir “livre-arbítrio” e, logicamente, estar isento de responsabilidade sobre seus atos.
Espírito: trata aqui como individualidades que quando encarnadas, animam em nosso planeta, a espécie humana.
Partindo dessas premissas temos:
O princípio espiritual ou mônoda, que não possui individualização, começa seu processo evolucional no reino mineral. Raciocinar como se fosse uma “massa de pão homogênea“.
Essa situação de “massa de pão homogênea”, ou seja, sem individualização, continua durante a evolução no reino vegetal.
Pense na seguinte situação: apanho uma forquilha de uma planta (as pessoas dizem que colheram uma “muda”) e planta-se a mesma. Este caso exemplifica que não há ainda a individualização do elemento espiritual, já que desse fenômeno podemos dizer que a “muda” carrega uma “porção” do “princípio espiritual” acrescido aí do “princípio vital”.
Esses dois elementos fomentam a continuidade da vida numa estrutura orgânica sem implicar a destruição da vida na estrutura original. Pense que nesse ponto, começamos a pegar parcelas da “massa do pão”, porem sem dar/traçar grandes modificações na forma dessas frações. Chegará o momento que esse “princípio espiritual” começará a se associar a estruturas orgânicas mais complexas e passará gradativamente pelo processo de individualização. Nessa fase passará a se chamar “Princípio Inteligente” que se manifesta, em nosso mundo, no reino animal. Observando uma ninhada de cães, por exemplo, depois de um certo tempo poderemos dizer que um cão é mais amigável, outro é mais fiel, outro é mais agressivo…
Esses comportamentos distintos denotam um processo de individualização. Aqui, definitivamente, as frações da “massa de pão” já ganharam formato e alguns “ingredientes” distintos entre eles.
Depois dessa fase, o Princípio Inteligente, tendo adquirido rudimentos de inteligência, e consolidado sua individualidade, estagiará em mundos primitivos onde adquirirá consciência de si mesmo, além do livre-arbítrio e, com isso, a responsabilidade pelos atos.
A partir daí temos o espírito (humano) simples e ignorante, mas apto a adquirir e compreender o bem e o mal, o certo e o errado, ou seja, em condições de evoluir também sob o ponto de vista moral.
Em resumo, podemos dizer que o “espírito” que encarna na espécie humana jamais foi pedra, ou planta ou, ainda, um animal, pois a condição de “espírito” só é alcançada depois de longa “gestação” do “elemento espiritual primitivo”, aquele como compõe um dos elementos gerais do universo. Da mesma forma que no começo da nossa “massa de pão” não poderíamos dizer qual “parte” se tornaria a “individualização” do pãozinho que sai do forno!
Os Espíritos são bem claros no texto inicial do capítulo IV do L.E., que trata do Princípio Vital. Os Espíritos nos dizem que os seres inorgânicos se formam apenas pela agregação da matéria, e esta agregação é regida pela lei da atração. A evolução só diz respeito ao princípio inteligente, desde suas primeiras formas nos reinos inferiores dos seres orgânicos. A rocha será sempre rocha, os átomos da matéria não se transformam em outra coisa que não seja matéria.
O que pode causar uma certa confusão é o termo “animalização da matéria”, que vemos em “O Livro dos Espíritos” e em “A Gênese”. Desde que houve condições de formar vida em nosso orbe, e o princípio inteligente veio habitar corpos orgânicos, desde os mais primitivos seres, a união do princípio inteligente ao princípio material, a mais de 3 bilhões de anos, nosso corpo físico, pelo processo evolucionário, foi passando por etapas, a princípio dispendiosas energeticamente aos organismos, que depois foram sendo automatizadas.
Em O Livro dos Espíritos Allan Kardec afirma: “É nesses seres (os animais) que o princípio inteligente se elabora, se individualiza, pouco a pouco e ensaia para a vida. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o da germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna um espírito. É, então, que começa, para ele, o período da humanidade e, com esta, passa a tomar consciência de seu futuro, a fazer a distinção entre o bem e o mal e se torna responsável por seus atos.”
André Luiz, em O Mundo Maior, descreve magistralmente o processo: “O princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha, sem detença, para frente. Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir conquistou a inteligência… Viajou do simples impulso para a irritabilidade de sensação… Da sensação para o instinto… Do instinto para a razão… Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós… Estamos em todas as épocas abandonando esferas inferiores a fim de escalonar as superiores. O cérebro é o órgão sagrado da manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana…”
Emmanuel, em O Consolador, arremata com exuberância: “O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade. Busquemos reconhecer a infinidade dos laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos, em nosso íntimo, o santuário da fraternidade universal.”
Concluímos então que no animal há princípio inteligente, porém, ainda não é espírito. Eles ainda não possuem consciência e a inteligência é extremamente limitada, comandada pelos instintos.

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Esse texto meu deu grande entendimento a certa do tema de tamanha complexidade.
    Obrigado por palavras tão sábias.
    Poderias me citar as fontes?

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    1. Marcio, não acredite nisso Marcio, sai fora, isso não é o evangelho de Cristo

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    2. Marcio, não acredite nisso Marcio, sai fora, isso não é o evangelho de Cristo

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  3. as vezes deixamos os levar pela nossa ignorantismo e nos deixemos se levar pela nossas crenças e nem demos conta do que faz sentido ou não.bom seria se o propio Deus se manifestasse e que seus meios fosse mais do que gotas,explicação somos todos imperfeito e incapazes de chegar em conclusão alguma

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  4. as vezes deixamos os levar pela nossa ignorantismo e nos deixemos se levar pela nossas crenças e nem demos conta do que faz sentido ou não.bom seria se o propio Deus se manifestasse e que seus meios fosse mais do que gotas,explicação somos todos imperfeito e incapazes de chegar em conclusão alguma

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  5. O Espiritismo foi meu consolo depois de 25 anos em igrejas protestantes. Uma Janela imensa de conhecimentos se abriu em meu ser... daí conheci o: (conheceres a verdade e a verdade vos libertará) O espiritismo cristão, nada mais é do que a proximidade a Jesus nosso mestre. Leia, Estude e Conheça depois dê sua opinião *** Fiquem na Paz de Jesus . . .

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  6. Deus nos concedeu o (Livre arbítrio) todos sabemos o que é certo ou errado, a escolha do caminho é nossa. Faça o bem, Siga o bem, Viva a Luz que vem do alto, ela nos conduz.

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  7. Não existe outra forma de explicar a nossa existência. Deus e luz, se diz que ele está dentro de nois e nois dentro dele, então ele sabe tudo de nois e a nossa evolução saiu da sua luz, e caminhamos, através do tempo, com o nosso perispírito, para evoluirmos, através dos tempos, a caminho da luz. Nascer,viver,morrer e nascer novamente, tal e a lei.

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